A tez do meu lado, ‘nêgo’
Tá branca de medo
Em algum canto de mim está
O meu grande segredo
Meditando a espera da vez, sou chinês
Confúcio-confuso, confesso
No meio da gente, vou diferente
Enquanto o mundo é moda, quase tudo é igual
Eu vou tocando a vida pra frente
Sou catira, folia, cadência e samba
Da beleza bamba e bambú
Simpatizante antipático, insone
A fome me come, ciclone
REFRÃO
Sou um bom brasileiro,
Mesmo quando estrangeiro
Misturo rock, jazz, com bossa, côco e baião
Mas no total, um jeito tupiniquim
O meu lado azul não é blue
É americano do sul
E nesse ruminar, de tanto suar no trêm
Pensamento é casamata
A espera de um dia
O tiro do engodo sair pela culatra