Que direito você tem de vir à minha casa
Dizer o que eu tenho que fazer e pisar na minha grama?
Com que autoridade você vem dizer o que é que acha
Da cor dos meus sapatos, do brilho dos meus móveis?
Agora eu sei, do meio ao fim,
Tudo o que importa sobre você
Só o que sei é que tudo é assim
Longe daqui o que será de mim?
Que me importa não saber sobre o que acontece
Sob os meus olhos se eu não sobreviver?
Então não se enterneça, não se constranja, não se aborreça, não perca o sono
Eu não quero dizer, eu não quero saber, eu não posso viver sobre o mesmo chão
Que você pisa eu não mereço
Sobreviver aos meus dilemas
Pare de ouvir esta canção
Porque ela não passa de uma cantilena
Estranho é de nada saber e não ouvir
Os que têm a dizer algo sobre mim
Pobre diabo eu sou, sem perdão
Sem rancor, sem remédio e sem salvação
Nada que eu faça é capaz de emendar
Heresias de ontem, sacrilégios no altar
Pobres diabos vão na contra-mão
A vagar pelo mundo pela salvação
A vagar pelo mundo pela salvação
A vagar pelo mundo sem salvação