A segregação inicia a separação
Do não entendimento, não discernimento
Da situação do povo preto
Tudo que nega sua humanidade e sustento
A ignorância é a arma para o ataque
dissemina raiva e intolerância todo instante
mão de obra é maioria e vem das margens
em favor de uma minoria dominante
é só você olhar e verá
quanta gente cheia de vontade e talento
não resistir a toda nossa estrutura social
Que consome a pele preta pra seu fim comercial
presta atenção ao seu redor
não diga que não viu, que não foi informado
o genocídio que segue firme e forte na favela
Desvia o olhar pra quem habita dentro dela
E os pretos ainda com sentimento de senzala
desumanizam nossos corpos, manipulam nossa
mente, anulam nossa fala
Estão tentando nos intimidar
Estão tentando fazer nossa voz calar
Ocultando o reinado brilhante
do povo Preto, sem mesmo hesitar
Não podem apagar nossa história
Vem pra sempre guardado na memória
velhos navios negreiros são mundos inteiros de
pretos pra amar
Porque o brilho irrevelado jamais será apagado
A branquitude pode tentar roubar
deturpar e até ocultar
Mas jamais receberá a glória
A força e poder vindo das cargas dos navios
Retirados do frio sem fortaleza
Ou destreza, por ainda neste frio
De perder sua real identidade, verdade e vivência
Ainda hoje, nos tempos do esperado futuro
recupera sua realeza e vence essa guerra
chamada racismo
Em real pureza ancestral
e vence essa guerra chamada racismo
Em real pureza ancestral
pretos ainda com sentimento de senzala
desumanizam nossos corpos, manipulam nossa
mente, anulam nossa fala
Estão tentando nos intimidar
Estão tentando fazer nossa voz calar
Ocultando o reinado brilhante
do povo Preto, sem mesmo hesitar
Não podem apagar nossa história
Vem pra sempre guardado na memória
velhos navios negreiros são mundos inteiros de
pretos pra amar