Sou artista para lá de holofotes e fotos dos media,
Escrevo em blocos notas rimas, para cuspi-las em
blocos e esquinas,
Mantenho-me à parte, mas parto mais do que julgam,
Como bons fornecedores, são consumidores que me
procuram,
Á tempos ouvi rumores, Deau tem o rei na barriga,
Enganaram-se todos, ui era a minha mãe que tinha,
Mc?s contam o que fazem, no fim so fazem de conta,
Não és mais nem menos se não te encontras atrás de uma
montra,
O horaculo não preve espectáculo, mas isso não me
afasta,
Deixem-me so ajustar contas, para mostrar o que a casa
gasta,
Mantenho ouvidos de ouvintes, escuto e faço a síntese,
Rappers maduros perdem o brilho, verdes não fazem a
fotossíntese,
A capa e ao indice segue-se a introduçao e o
desenvolvimento,
A conclusão é que na bibliografia vão todos ao mesmo
testamento,
Mantenho na memória, a essência do movimento,
Em que as ruas eram tempo de atitudes e exemplo?
Refrão:
Lamento que tenha havido aumento de mentes dementes,
Declínio de docentes decentes, hoje sentes ausentes,
Potentes mentores de música,
Que seduz ao cérebro e não a industria,
Preservo com astúcia caracteristica a acústica de
outrora,
Dou forma à forma em que a pertinência, leva à
competência,
E é intensa a potencia pela eficiência, da ciência
intensa,
Do o teu rap reflecte, na atitude que te submete,
Em vez de competição traz o que te compete?
Só saem sons do tipo, eu parto tudo e todos,
Para mim faz mais sentido, construir e instruir os
outros,
Calem-me esses bad boys, armados em Puff Daddy,
Que andam ao tempo aqui perdidos, e não se encontram
como a Maddie,
Eu tenho verbos, mas não as verbas tu tens mas
faltam-te as pernas,
Para te moveres das bermas, quando perdes graça como
Hermans,
No underground lanternas nada te servem,
Ou tens brilho próprio ou então só brilhas quando
velas se acendem,
No teu funeral em tua honra, Blimunda de Saramago,
Vejo o teu intimo, esses falsos querem que eu morra,
Tenho núcleo positivo que atrai electrões de valência,
Porque há quem queira por reticências, onde eu retenho
a essência,
É altura de agarrar as oportunidades,
Porque Deus deu a mão ao Maradona, e ficou com a que
não faz milagres,
Não penses que é pelo nome, que te dão um
cumprimento,
Respeito quem me toca nos palcos, ou quem me toca por
dentro?
Refrão:
Lamento que tenha havido aumento de mentes dementes,
Declínio de docentes decentes, hoje sentes ausentes,
Potentes mentores de música,
Que seduz ao cérebro e não a industria,
Preservo com astúcia caracteristica a acústica de
outrora,
Dou forma à forma em que a pertinência, leva à
competência,
E é intensa a potencia pela eficiência, da ciência
intensa,
Do o teu rap reflecte, na atitude que te submete,
Em vez de competição traz o que te compete?
Não tenho condições e nunca tive muita escolha,
Tiravam-me o prato onde comia mal viam eu partia com a
louça toda,
Tavam à espera que o meu Rap phat, fica-se
anoréctico,
Em dias amargos destrói pacotes de açúcar, como se
fosse diabético,
Habitua-te quem tu sentes, nem sabe o que tu fazes,
Em cima de um palco, nunca vez num publico cabeça de
cartaz,
Dizem que sou bom nisto, eu acho que nunca vou
sabê-lo,
Pois só sabemos o que somos, depois de deixar de
sê-lo,
Não ligo quem quer lucrar comigo estilo Pako
Ha tanto parente perante mim transparente com interior
opaco,
Aos poucos na vida, aprendi a tirar lucro,
Quando me fodem não pago com a mesma moeda, não sou
estúpido,
É só em altos spots que essa gente actua,
Deito sempre a casa a baixo só dou concertos na rua,
Afirmei o meu lugar, não andei ao sabor do vento,
Cultivo pés de feijão magico, eu vou tocar no
firmamento,
Refrão (2x):
Lamento que tenha havido aumento de mentes dementes,
Declínio de docentes decentes, hoje sentes ausentes,
Potentes mentores de música,
Que seduz ao cérebro e não a industria,
Preservo com astúcia caracteristica a acústica de
outrora,
Dou forma à forma em que a pertinência, leva à
competência,
E é intensa a potencia pela eficiência, da ciência
intensa,
Do teu rap reflecte, na atitude que te submete,
Em vez de competição traz o que te compete?
Lamento!