Trago-te de volta toda confiança e igualdade que um dia foi possivel ver a olhos nus
Trago-te de volta toda aquela cor hoje ja apagada por não ser idolatrada por nós
Trago-te de volta aquele lenço sujo de sangue derramado por balas de efeito apenas físico.
E ainda trago a ti os óculos escuros para que escondas tua opinião louca e desvairada
Também trago a ti teu chapéu de aba funcionando como escudo contra os normais
E por meios trago a ti aquela grama verde proibida que só nasce nos jardins meus e não nos teus.
Eu trago a ti aquela velha rosa vermelha, velha mas muito lúcida
Só te peço que a esconda, porque o porco esta faminto.
Trago-te de volta os olhos meus, que de tão tristes não revelam mais minha identidade
Trago-te de volta o vestido teu que só fica bem ao lado do teu sapado de verniz
Trago-te de volta para aquela cidade que sentido algum terá sem a sua memorável presença.
E ainda trago a ti de volta dias mais verdes para que possas andar tranquilamente
Também trago a ti minha segurança, para que possas voltar sem mais preocupações
E por fins trago a ti minhas lágrimas, para que vejas o quão estão sofrendo com os tais porcos.
Eu trago a ti aquela velha rosa vermelha, velha mas muito lúcida
Só te peço que a esconda, porque o porco esta faminto.