Nasci, sou da periferia, no veneno da cadeia aprendi a andar
Queria que agora fosse a minha vez de aproveitar a vida
Chegar lá fora e dizer
Livre!
E todo mundo ouvir, andar pelas ruas sem ter que fugir.
Esperava o indulto sim, mas não chegô!
A cada passo um pontapé
Salve, será que tem carta pra mim?
Não me espanta se nada chegou!
A luta seguirá sem mim
E se um dia eu sair, serei um a mais
Esperava o indulto sim, mas não chegô!
A cada passo um pontapé
Onde você está?
Você sabe, me trancam aqui
Escreva-me! diga que tudo vai bem...