Velho moquiço
De sapé aparadinho
Lá na beira do caminho
Que vai para o arraial
Velho moquiço
Mora ali a Sinhá Joana
Aquela linda serrana
Que tem fogo no olhar
Velho moquiço
Sempre passo lá na estrada
Vejo ela debruçada
No batente da janela
Tenho vontade
De chegar lá no terreiro
E aproximar sorrateiro
Pra dar um beijinho nela
Velho moquiço
Se ela compreendesse
A grande dor que padece
Minha alma amargurada
Tenho certeza
Que sorrindo ela vinha
Me esperar toda a tardinha
Na porteira lá da estrada
Velho moquiço
Lá da fraldinha da serra
Em seu interior encerra
Minha maior alegria
Tenho certeza
Que a sorte muda ainda
E esta cabocla linda
Há de ser minha algum dia