I - Verão
Alguém te deu a luz
Mas ainda não tens olhos
Menino fofo querido, todo paparicado
Inovações, vens armado em cientista
Tudo é novidade para ti
Te vestem como um artista
Até que vestes nice, mas sujas com cocó
Conheces miúdas nices
Mas não tem importância
És coisa preciosa
As pessoas são calorosas
Até que acaba o verão e ficas
Ii? Inverno
Adolescente, o corpo se transformando
Alguém sussurra em teu ouvido que és o dono do mundo
Eu sou o dono do mundo e vou fazer novo corte
Parece que o papá em casa tem o braço mais forte
Fazes o teu novo corte e voltas para o antigo corte
Ficas frustrado e interpretam tudo como rebeldia
São os miúdos de hoje em dia
Funcionam com as hormonas e a cabeça já não pia
Os pais dizem culpa de mimo
As tias sempre comparar-te com o idiota do teu primo
Ninguém te reconhece como pessoa crescida
Muitos sonhos e poucas realizações em tua vida
És facilmente influenciado, baralhado, feito tolo
Experimentas novas cenas chegas perto do inferno
Passas por decepções, fortes desilusões
E descobres que o mundo é tão frio como o inverno
II- Primavera
E passas para, Maturidade
A mocidade se foi
A tua idade, avança sem piedade
Agora pensas logo que encontraste a liberdade
Mas meia volta acabas amarrado em uma saia
A primavera chegou, Salário próprio
Esta é a hora de alimentar os teus prazeres
Mudas a forma de vestir, até os dizeres
Já falas fino mo nigga, é so pra veres
Na realidade a primavera não é só flores
A meio do caminho os espinhos vão-te causar as dores
Agora encheste uma barriga, mataste-lhe a fome
Perdes a criatividade nem consegues dar um nome
Tens que economizar
Bater blocos para construir um lar
Fidelidade ao patrão não esta a ajudar
Fazer biscates para a renda aumentar
Começa o corre corre
Perdes noção da atualidade e passas da moda
Ficas fiel porque já ninguém te aprecia
Quando começas a reclamar da geração
Significa que a primavera bazou
Iv- Outono
E ficas velho como o tempo passou
Cabelos brancos o teu visual já mudou
E toda energia da juventude acabou
Tenha cuidado para não ser o chato vovó
Corpo flácido e estas sempre com sono
Moves e lentamente cais, como as folhas de Outono
A vida ensinou-te tanto, mas algo faltou
Faltou saberes que ninguém vai aprender com os teus erros
Tanto conhecimento agora morre
Como ensinar aos jovens, nada te ocorre
O mundo que era teu agora vês que tem dono
Buscas perdão na igreja e esperas o fim do outono
O tempo corre!