A chuva não veio a fonte secou
A cede e a fome chegou
E o teu companheiro saiu pelo mundo
Em busca de algo e não voltou
Com um filho nos braços e outro no ventre
Fica tão difícil pra essa mulher
Enfrentar sozinha a crise da seca
Não foge da luta e não perde a fé
Viúva da seca, mulher sofrida
Triste abandonada, fera ferida
No corpo e na alma
Não sabe até quando terá que sofrer
Seu filho com fome e a casa vazia
Sem pão e sem água
Arregaça as mangas, pega na enxada
E ganha o sustento pra sobreviver
(bis)
A noite no leito, ela pega o rosário
De joelho faz uma prece com fé
Com sono e cansaço seu corpo adormece
No dia seguinte se encontra de pé
No peito ela trás um coração ferido
Mas o sofrimento não te faz cair
Tu és corajosa, por isso te digo :
Me sinto pequeno diante de ti
(Refrão)