Verso I
Estou solitário em cena
Não tenho qualquer figurino
Nem texto que valha a pena
Na mente de um homem menino
Filho de um sonhador
E mulher trabalhadeira
Me encontro nulo de amor
Fruto de uma brincadeira
Desde pequeno sabia
O que queria pra mim
Sonhava viver de poesia
Brincar com as palavras enfim
Cresci, do meu sonho acordei
Pros palcos, da vida, levado
O mundo que tanto busquei
Estou, nele, agora atrelado
Gosto de escrever livremente
As regras sou hostil
Tudo quanto meu ser sente
Escrevo com palavras mil
Não quero saber de normas
Procuro escrever descemente
Com certas e outras formas
Penso e escrevo alegremente
Talvez seja um pouco anarca
No meu modo de escrever
Mas se esta é minha marca
O que mais posso fazer?
Para quem me quiser ler
A todos ficarem reconhecido
Nada mais eu vou dizer
A todos fico agradecido
Verso Ii
São dois os caminhos
Um só devo seguir
No outro sigo sozinho
Sem saber por onde ir
Escolho o lado estreito
Pois o outro é largo demais
Meu castelo é de pedra
E meu sonhos são todos reais
Tudo aqui tem cores e efeitos
Desde a brisa que gira o moinho
Aos encantos de ares perfeitos
Como o canto dos passarinhos
É um mundo bordado de paz
Um jardim, flores, espinhos
E' o fecundo que me satisfaz
Como o doce sabor do vinho
Sempre terá dois caminhos
Porem um só pra se adotar
Jamais queira seguir sozinho
Sem saber como voltar
Mas se do outro você proferir
Haverá tempo de se arrepender
Apesar de alguns desalinhos
Um coração não pode se perder
Das letras não sou purista
Escrevo assim, inconsciente
Sem pretensões a ser artista
Serei assim eternamente
Assim a sorte me assista
Aceito criticas certamente
Mas minha forma de escrever
Não vai mudar seguramente
Verso II
De novo é raiar do dia
É vida que se anuncia
Luz em brilho de alegria
De estar vivo, e' magia
Descobrir cada momento
Mistérios no sentimento
Deslizes de pensamento
Trabalho... Melhoramento
Busca inteira incessante
Almejar sempre Adiante
Encontro, conquista, amante
Perdido, vencido, errante
Tudo tende caminhar
Na mesma direção
A forca que move o pai
Move a mãe e o Irmão
A escolha que difere
O caminho, da contramão
Bom seria com os ouvidos da alma
Sentir a voz do coração
Lindo nasce o dia a brilhar
Nele paginas de uma vida
Inevitavelmente irão publicar
Impresso, expresso, feito
Não dá mais pra voltar
Que o nascer do novo dia
Seja inteiro para amar
Sem conhecida amargura
(Depe ''Eco'')
Sofrer, Lamentar, Consertar, Livre-Mente