Eu sou a morte
Que te assusta, te faz perplexo
Sou temível, sou forte
E nunca hei de hesitar
Sou o mal irremediável
A dor eternamente incessante
Uma desgraça sem volta
Um silêncio agonizante
Eu sou a morte
Me exerço de várias formas
De banais a brutais
Sou meu melhor esporte
E tu és o meu fantoche
Viva sem pressa
Ou se apegue com a sorte
Pois tu tens toda a vida
Para conhecer a morte
Permito um novo nascer
E termino algum sofrer
Mantendo o equilíbrio
Quem merece ficar, eu decido
Céu e inferno ficaram para trás
Fé e crenças não me atingem
Sou meu próprio Deus, por excelência
O segredo dessa vida, a verdade absoluta
E tu, que ainda pensas em ser, ter e estar
Se contentas, tua vida parece que não vai voltar
Nunca mais