Verso1
À noite o inferno corre solto
Pela valas frias das calçadas em que corro
No meio de tudo, no meio do escuro
Não há como procurar paz no fim do mundo
Nem tem como mentir
Se cheguei aqui, foi de minha vontade
Vontade de sair do que me acostumei
De uma vida à juros que forçado comprei
Refrão
Grito o mais alto que eu puder
Para ver se encontro uma saída
Desse beco em que me coloquei
Achando que encontrava a vida
Verso2
Do amor ao ódio é breve o espaço
Por que do topo ao ralo deve ser o contrário?
Se cada dia parece sem história
Interminável, sem tempo, perdido, sem rota
As mãos sujas mostram toda a luta
Cavo minha cova por obrigação
Para não morrer sem sequer velório
Esperando a morte como redenção
Refrão
Grito o mais alto que eu puder
Para ver se encontro uma saída
Desse beco em que me coloquei
Achando que encontrava a vida
Ponte
Nem sempre há, uma luz no fim do túnel
Que te espera e te conforta, dizendo que tudo acabou
As vezes há, apenas outro muro
E nele escrito: 'você jogou fora seu futuro'
Refrão
Grito o mais alto que eu puder
Para ver se encontro uma saída
Desse beco em que me coloquei
Achando que encontrava a vida