Eu queria ser criança, voltar ao berço de novo
Pra reviver minha infância que passei quando era novo
Morar na mesma casinha, no lugar onde eu nasci
Correr pelo campo afora nas terras onde eu cresci
Ver papai tocando os bois, puxando o carro pesado
São lembranças que eu guardo na foto do meu passado
Meu pai queria que eu fosse carreiro como ele foi
Carrear pelas restingas, ser um domador de boi
Eu aprendi muitas coisas, porém jamais carreei
Pois por falta de recursos o meu sertão eu deixei
Meu pai já se foi há tempo, pra sempre Deus o levou
Só um rastro de saudade no meu coração ficou
O tempo é quem faz o tempo, e assina nossa história
Nos documentos antigos gravado em nossa memória
Como a vida passa logo, as vezes nem se percebe
O algo de uma lembrança por fim é o que se recebe
Hoje a saudade me fere como se fosse um ferrão
pergunta por que que o filho não seguiu a tradição
pergunta por que que o filho não seguiu a tradição