Quando eu passo com a minha viola
As morenas chora acenando a mão
No meu galope tô ganhando a sorte
Não tem sul nem norte essa solidão
A minha sede tornando a boca
Entregando a luta na mão do rapaz
Fiz com o tempo uma aliança
Que não morra esperança
Que meu peito traz
O tempo açoita esse corpo moreno
Banhado em sereno, luar de marfim
Trazendo o cheiro de quem foi meu bem
Será que ainda tem saudade de mim
Maior é a minha dor que é meu veneno
Já fui pequeno hoje não sou mais
Fiz com o tempo uma aliança
Que não morra esperança
Que meu peito traz
Quem não tem casa carrega um chapéu
E o cruzeiro do céu pra se orientar
Boca fechada não entra mosquito
Reze seu menino antes de deitar
Aonde tem fumaça temo fogo
Entro nesse jogo por que sou capaz
Fiz com o tempo uma aliança
Que não morra esperança
Que meu peito traz
Quando menino lembro da igreja
Deus louvado seja, o Senhor tava lá
A minha herança dessa comunhão
Foi esta benção de poder cantar
Minha viola quer ser meu cruzeiro
O coração quer ser pilotos gerais
Fiz com o tempo uma aliança
Que não morra esperança
Que meu peito traz