(parte 1)
A minha despedida será
Trágica, prática e pronta
Lombra
O que vem na cabeça assombra
Seres tão confusos
Em contrates com o esclarecimento
Eu me vejo mudo e ao mesmo tempo
Indiferente com os meus lamentos
Hoje me sento
É hora de ir contra o vento
Passo a ver tudo o que me cerca
As pessoas tão vazias
E as incertezas tão certas
Desde pequeno eu fui
Incentivado a me manter aluno
Agora eu duvido
Da necessidade do escuro
Ando pra achar meu rumo
Os cara passa o pano e eu sujo
E o meu corre é pra
Sempre chegar na frente do segundo
(refrão)
Muito corre, pouco tempo
(parte 2)
Eu te falo que a ilusão
Não é caminho pro coração
Trabalhe com disciplina
Foco e motivação
Imerso nessa confusão
Desse povo que é sem noção
Quer tirar o que é meu?
Vai ficar na frustração
Tenha consciência plena
Dos limites da evolução
Da sua tela plana
Cê não faz revolução
Busque por educação
Mantenha seus pés no chão
Leia, questione e entenda
Pelo bem da sua nação
Poetas sem opinião
Caíram na enganação
Nunca roube o braço
De quem te estendeu a mão
Quantos mil injustiçados
Trancados numa prisão
Enquanto ladrões no senado
Roubam e ganham comissão
Muito corre, pouco tempo
Não vai sobrar munição
Pouco tempo, intenso
Quem vacila, vai pro caixão
Pausa pra reflexão
E no país da impunição
Eu vou seguindo em frente
Sem medo da escuridão
(refrão)
Muito corre e pouco tempo na lombra
Eu quero paz, coisa que o mundo não traz
Muito corre e pouco tempo na lombra
Muito corre, pouco tempo
Pouco tempo, muito intenso
Muito corre e pouco tempo na lombra
Lombra... lombra!