(Dasul)
Zona Sul, zona nobre, burguesia
Século Xxi, distorcem a anarquia
Vítimas, tímidas estão sem voz na guerra fria
Voltamos aos velhos tempos de caça à heresia
Bem-vindo a periferia... jhow!
Onde era alegria hoje em dia é deprê show
E tudo que restou é uns mano se fodendo
Sonhando demais e vivendo com o de menos
Covardes demais não dão mais que se lamento
E o povo sem paz esperando o fim dos tempos
E por falar em tempo, já se passou bastante
Às vezes muito lento a maior parte num instante
Tudo tão intrigante, mudou rapidamente
Rotinas viciantes, moldaram suas mentes
Dinheiro o bastante pra se sentir diferente
Tratam gente feito bicho e bicho feito gente
(Camila)
Vidas perdidas, pessoas metidas
Esquecem que habitam o mesmo lugar
Gente diferente com mesmos problemas
Se não for a gente quem vai nos salvar?
(Dasul)
Vai profundamente, uns trinque que trava os dentes
Bem que troca os pente, conta antecedente
Motivados a ser bandido ainda adolescentes
Corrompidos pelo ódio de um sistema decadente
Sobrevivendo a cigarros e entorpecentes
Esquece a dor, nem sente
Olha deprimente, as cores das suas vidas
diluídas por solvente
Mais uma inalada, não chega a nada
O dia não passa, quer chegar em casa mas
Lembrou que sua casa era a rua
Na rua que um dia ele teve uma casa
Não é conto de fadas, tudo acaba em nada e
O nada é duvidoso
Os menor do nada treina pra ser perigoso
Uns se enchem de gosto, outros se enchem de medo
Se isolam, não entendem, preferem se manter presos
Inveja é uma ambição, só não conseguem fazer o mesmo
Mas esse mundo é uma jaula e ninguém vai sair ileso
(Camila)
Vidas perdidas, pessoas metidas
Esquecem que habitam o mesmo lugar
Gente diferente com mesmos problemas
Se não for a gente quem vai nos salvar?