Vai e vem do mar
Transformou, clarão
Forte desatino do meu coração
Horizonte abriga
Grande multidão
De sonhadores
Batalhadores
Por uma vida
E buscam a trilha
Um pouco sã
Borboleta aguça
Minha fé pagã
Poesia a ferro
Forte talismã
Gira a bailarina
Flores em botão
E a natureza
Jaz em beleza
Que é pureza
E a surpresa
Do amanhã
Poesia de concreto, chão
Rabisco de giz no papel
Essa vida nos põe o fel na mão
E a comida na boca do patrão
Operários de um destino cão
Labuta, luta, calos na mão
Construindo nada pra ninguém
Nós queremos nos retirar
Pra fora
Bem fora daqui