Sertanejo como sou
Sem eira nem beira
Sem identidade ou casa
Não posso ser de lugar nenhum
Em mim cabem as canções do mundo
A minha cara é a de ninguém
A minha roupa emprestada a prazo
E meus sapatos gastos pelo tempo
O mundo me consumiu desde nascença
E não há o que me segure sentado
Esperando as certezas do tempo
Da segurança e das posições de um homem
Eu quero ser borboleta avoadora
Sem casulo que me prenda
Mas com um amor pra voltar
Pra recordar recentes e antigas lembranças
O amor é minha casa no agora
E o agora é a vida que eu quero