Pode chegar
Traz o pandeiro, que eu levo a viola
Vamos lá fazer história na Primeira Estação
É preciso ter vontade, liberdade, pé no chão
Inocência que a alma guardou
Quando o som da batucada
Invadiu a alvorada, cantei
Fazendo arruaça, sambei
Hoje enfeito os meus sonhos
Em retalhos de cetim
Folião embriagado de amor
Em porta de botequim
Do asfalto aos barracões de zinco
Mostrei que com dinheiro
Ou sem dinheiro
Eu brinco
Ô me leva que a rua é da folia
Vou deixar falar minha alegria
A gente vai como pode, meu bem
Se não tem fantasia, vem brincar também
Eu quero ver mais atitude
E se você quer que mude
Vamos nos redimir
É bonito ver alegoria
Mas a mais pura magia é o povo a cantar
A passista sambando
E a baiana a girar
A Mangueira desfilando
Até o sol raiar
Vê, irmão, o momento é de reagir
Antes que nossa cultura
Perca o direito de ir e divertir
Mesmo quem não ama o samba
Ouça o nosso clamor
Respeite o meu maior valor
Não é só mais um desfile de Mangueira
É o povo levantando a bandeira
Bate outra vez a esperança no meu coração
Lá vou eu de verde e rosa, puxando o cordão