A cidade, oprime, encurrala, atropela
Em compensação por dentro
Sigo com o peito florido
Para balancear
Você e eu
Somos o sumo da cidade
Espremem nossa liberdade
Querem nos fazer sangrar
Constelação nos prédios
Tapeçaria de asfalto
Nós de forca, cadafalsos
Prontos pra nos fazer sangrar
Cada dia o cerco fecha mais e mais
Arregalo bem os olhos
Que horizontes tão escuros
Na realidade já cansei de procurar
Pela solução ou recomeço
Que nas utopias reconheço
Sem saber impossível despertar
Você e eu
Somos o sumo da cidade
Espremem nossa liberdade
Querem nos fazer sangrar
A falange na espreita
Visor estreito do escudo
Choro em lata, porrete obtuso
Prontos pra nos fazer sangrar