Lembra do neguinho remelento
Cresceu no relento e viveu mou veneno
Pra se ancorar, hoje tá... de motão sem placa na favela
Em dias não tinha o sustento
E antes de dormir um copão de água
Só pra amenizar, sem contar
Que a luz do barraco era a vela
Varias porta na cara mais falta de oportunidade
Nem sempre é desculpa, quem não conhece fala
Esse é sem futuro, pau no cu dos filha da puta
Só não pode deixar, zé povinho te apavorar
E jamais te fazer deixar de acreditar, se lutar
Com certeza a vitória é certa
Hoje pula alto vendo os canela cinza
Jogando a roda da 660 pro ar
Então porza, que os neguinho é debochado a vera
Refrão
Pode pa, vão surtar, porque aturar já é obrigação
Tô firmão, a milhão de foguete que até gospe fogo
Almejei um melhor lugar, se mudei foi por objeção
Pra coroa jurei enquanto eu viver
Nunca mais ela passa sufoco