Deambulando sem rumo mas, ciente de chegar
Tomo aquilo que me cabe p'ra que possa carregar
Penso, logo existo e vou sobrepujar
sempre comigo a poesia p'ra poder encorajar
e se, jogo eu perder não devo me depravar
volto p'ra reaver e assim melhorar
O que mais posso fazer? Sou mais um neste milhão
por isso escrevo essa vida e me torno num postilhão
Junto da verdade andado de mãos dadas
braços enfadados pernas enxadas
Sem relutância mesmo quando o sol se põe
num trajecto infindável que essa vida propõe
Sempre consciente sereno e sóbrio
o mundo sobe e desce e eu mantenho o equilíbrio
Caminho é longo e eu estou lá na corrida
p'ra gravar os meus feitos nas páginas da vida
Sou escravo do dever por amor a liberdade
Pregoeiro da vida por amor a verdade
Paulatino, é assim que eu chego
atencioso ao caminho vigor eu carrego
E lá vou, em busca da razão dessa vida a mim dada
sem alguma indução mas, sigo em frente
para poder vive-la
antes olho p'ra trás p'ra poder compreendê-la
Pois, do maior mal tiro o maior bem
esta é a evidência da arte de viver
a paciência é a chave p'ro além
preciso é peserveransa para poder manter
e e manto a constâncianum foco imitável
vou correndo atrás de um fruto prestável
Pois, o que almejo em breve será tangível
morrerei como vivi acima do possível
Esperança é a arma para o alcance do propício
amigo da ordem não entro em bolício
Pois, abinício ligado a benefício
aprendi que todo homem tem de ter um ofício
Mas, sem vício fazer por amor
devolver à alma seu grande primor
e o corpo mantém-se conforme
alimentando a carne enquanto o pão mata a fome
luta é constante p'ra quebrar a desgraça
que foi amaldiçoada no seio dessa raça
e a quietude acompanha o trajecto
p'ra ver a morte chegar aqui mesmo de perto
Indo no futuro mas, firme no presente
tenho a mente pensante e um coração silente
Em frente ao combate mas, sempre firme
pois quem vive temeroso jamais será Livre!