Estou olhando tristonho para a chaleira no chão
Está esfriando a água como está meu coração
Enquanto meu pensamento se bandeia a lo largo
Encho a cuia de novo para mais um mate-amargo
Mate lavado! Sem vontade de encilhar
Já derrubei o topete sem ninguém pra acompanhar
É uma sina matreira esta de matear sozinho
Depois de ver flutuar na cuia só os pauzinhos
Mas quando vejo as cinzas do borralho que se esvai
Lembro logo que preciso sair deste vai-não-vai
Pois se a erva já perdeu toda a sua fortidão
Não há razão pra ficar com esta cuia na mão
Assim meto na cabeça campear pessoalmente
Uma china pra cevar e manter o mate quente
Quando carecer encilhe depois sente ao meu lado
Pior que matear solito só mesmo mate lavado!