O Sonho de Sofia
Quando olhava sorridente
retribuía o seu gesto
subia o medo
em forma de protesto.
Quando me via assim especado
mostrava-se num sorriso,
compreensiva já me lembro
quero olhá-la nos olhos.
E então,
ficava tudo na escuridão,
quando me viu partir, e me deixou o coração.
Não havia um mundo melhor
quando ela olhava e eu não lhe dizia.
Num remoinho, trovoada só pensava em dizer-lhe:
o quanto eu te adoro Sofia.
Quando olhava sorridente
perdia-se num ar sério.
espelhava um amor platónico
enrolado em mistério.
Percebeu então na altura
que tudo estava acabado;
sorridente continuou
mas triste com o seu fado.
E agora
repousa algures em agonia,
por mais que chame ela não vem
eu quero ver-te Sofia.
Diogo Brito e Faro ©