A solidão eu vejo
Na taça de licor
Os espelhos do meu castelo
Não refletem minha dor
Por que? Um ser assim mutante
Homem morcego a noite a vagar
Virtual e não amante
Sei que o amor não vai me alforriar
Sou escravo de uma lenda
Tão triste e sem fim
Vou beber água benta
Destruir o que há em mim
Difícil esquecer
A vontade de estar vivo
E viver sem ter você
É assim como um castigo
Oh! Meu amor, onde você renascerá?
Quantos séculos hei de te esperar?
Em que país vou reencontrar?
Minha garota naftalina
Vou beijar as cruzes quero me exorcizar
E das velas as luzes vou correndo apagar
Abrir as cortinas
Eu quero me banhar na luz solar
A criatura das trevas
Dorme em meu leito
Convivo com um mundo cego
E essa dor em meu peito
Sempre um vampiro, mas sinto temor
Quanto mais respiro
Mais quero mendigar por seu amor
Minha garota naftalina