Na cidade, as luzes escondem a razão
E entre esquinas e lixo
A gente sempre encontra o que fazer.
Nos cantos escuros, nos muros, palavras pintadas.
E entre bêbados e mendigos
Nos escondemos do coração.
No rosto pálido, vemos os olhos da multidão
Centenas de corpos ajoelhados pedindo perdão
Entre sorrisos espremidos e lágrimas estilhaçadas
Entre beijos e gemidos e a criança que nasceu:
No bar, no boteco, na sarjeta, no saguão,
No banco traseiro, num ônibus, na escola, no avião,
No puteiro, na esquina, no barraco, no navio, no hospital,
Do lado direito do outro que nasceu morto.
E tudo aqui acaba em samba,
Tudo aqui acaba em samba