Venha mansinho, chegue pra cá
Fique bem pertinho do chorinho
O cavaquinho junto ao velho violão
Dá o recado, pare e escute o seu bordão
Traga saudade, traga o amor
Cabe sempre um nesse chorinho
Quem chora sabe, silencia quando vê
Dê-lhe um cantinho pra viver no coração
O jogo da vida fechado pra sorte
Agora já consola quem perder
E uma saudade dolorida que nascer
Nesse chorinho no meu pinho vai morrer
Uma alegria sempre chega com o dia
E quem vier garanto vai amanhecer
Em cada canto, cada pranto vai-se tanto
Vai partir sorri de espanto quer cantar pra vida ver
A Lua boêmia resiste e se vai
A vida estrela gêmea só pra ver
O cavaquinho que de vida não tem fim
Acompanhando aquele triste bandolim
E numa voz a noite acaba na saudade
Esse chorinho, na verdade, quis dizer
Em cada canto, cada pranto vai-se tanto
Vai partir sorri de espanto quer cantar pra vida ver
Em cada canto, cada pranto vai-se tanto
Vai partir sorri de espanto quer cantar pra vida ver