O perigo mora ao lado, mas
De mim, tá bem mais próximo
Anos bem escondido e hoje em dia ficou óbvio
Algumas pistas deixadas só pra me avisar
Enquanto esperava um maldito gatilho
Pra poder se mostrar
Eventos que serviram como incentivo pro vilão
Meu alter ego, dessa vez, não será a questão
Não dá mais pra ser pacífico
Meu monstro interior escapa
Sou apenas mais um cachorro louco
Que não dá a pata
Meu lado negro é mais sinistro do que tu pensa, mano
Tendências de psycho e tentando ser um bom samaritano
Tentando ser humano sem ser leviano
Esses conflitos tem me deixado mais insano
A falta de confiança tem me mantido vivo
Deixei de procurar nas pessoas algum abrigo
Minha sina é seguir só, ser meu próprio porto seguro
Achei o meu conforto quando tudo ficou obscuro
[refrão]
Meu convívio tá ficando difícil
Longe de pane, protegido por meus vícios
Perdendo aos poucos o meu lado terno
Deixando à mostra meu inimigo interno
O bem e o mal digladiam-se dentro de mim
E, a cada decisão tomada
Me pergunto qual será a errada
Que me levará ao nada ou que me tirará dessa cilada
São ideias complexas pra serem interpretadas
Um monólogo, misantropo, tô brabo demais
Uma dose de lucidez, garçom, me traga mais
Dessa minha loucura eu ainda tento fugir
Me distancio, mas ela continua a me perseguir
Recuso a sua sessão, tô fora do padrão
Meu caminho eu faço, sem intervenção
Sou meu real inimigo, tô cheio de motivos
Pra minha inquietude e frustração
Em ponto de ebulição, não me solicite perdão
E nem tente a sorte
Sem suporte, não aposte que por um dia
Eu realmente me comporte
A melhor parte de mim, infelizmente eu entreguei
O que sobrou não é tão belo como imaginei
E só me resta lidar com todos esses problemas
Sendo atormentado por diversos dilemas
[refrão]
Meu convívio tá ficando difícil
Longe de pane, protegido por meus vícios
Perdendo aos poucos o meu lado terno
Deixando à mostra meu inimigo interno