Abri a porteira do meu passado
Senti a poeira do estradão
O carro de boi me trouxe a lembrança
Do tempo de infância que a muito se foi.
A lua tecendo, a noite estrelada
O primeiro beijo ao pé do mourão
O velho vaqueiro, tangendo a boiada
Dia clareando lá no meu sertão.
A vida é assim, feita de saudade,
Quem vai embora um dia quer voltar
Distante da terra, a gente morre um pouco
Cidade nunca foi um lugar de caboclo.
Vem felicidade, encher o meu peito de amor
Vem felicidade, me leva de volta pro interior.
Eeei, toca viola
Eeei, chora coração
Eeei, toca viola
Vida de vaqueiro, vida de peão.