Cidade alheia
Não tem calor nem cor de paz
Na tarde cheia
Dorida a vida escorre e se desfaz
Desta janela apago a estrela e vou
Ao deserto onde o sol se perdeu.
Respiro o ar,
O ar dos outros também meu
E vou andar,
Andar no chão tapado pelo céu
Aqui perdido, perco o sentido e vou
Procurar uma paz que virá
Vou tentar achar a mão de alguém
Encontrar calor ou deus-dará
Acordar a sombra de um alento
Aceita a beira de um acento