Barreiro (duda ferraz/poeta geraldo margela)
Quando chega o mês de março
No dia de são josé
Olho o paiol há quase nada
Um pouco de milho e de café
Mas mesmo assim eu cavo a cova
Pra ver no céu se chuva dá
Pouco de água pra beber
Ou mais um bocadinho pra ver o açude sangrar
Com o barreiro cheio meu gado não tem sede
No canto da parede se pendura o armador
Pra botar rede pra gente fazer amor
Se o barro é vitalino o boneco é valioso
O abraço é mais gostoso quando vem com cafuné
Tõ te esperando e tu vai ser minha mulher
Quando chega o mês de junho
Na noite de são joão
A passarada vem cantando
Anunciando a invernada
E na fazenda bom conselho
Quando se junta a parentada
É forró a noite inteira
Na beira da fogueira, quase toda madrugada