Se liga só
Vou te contar uma história
De um moleque que era sonhador
Tá gravada na memória
Nunca achou que fosse o fim
Nem desistiu de lutar
O sonho do moleque sinistro
Era botar geral pra balançar
Ele se esforçou
Pegou o trem num vai e vem
Pra ir mais além
Nunca duvidou
Só quis rimar e barulhar
Pro povo dançar
Nada o abalou
Levou um não, do tal chefão
Que atrasou a missão
O cara julgou,
De forma fina a sua sina
Só porque era funkeiro e tinha a alma feminina
Mas o moleque acreditou num ditado que dizia
"sonhar de braços cruzados não dá!
Descruze os braços e vá a luta
Pra que sirva de exemplo a sua conduta,
Descruze os braços e vá a luta!"
Um dia ele chorou
Mas deu adeus, lembrou que Deus
Num abandona os seus
Não desanimou
As emoções e as aflições
Transformou em canções
Ele conquistou
Passou a barra com muita garra
E venceu na marra
E a luta acabou
Sem dar empate, esse combate
O moleque sambou na cara da sociedade
Pois ele sempre acreditou num ditado que dizia
"sonhar de braços cruzados não dá!
Descruze os braços e vá a luta
Pra que sirva de exemplo a sua conduta,
Descruze os braços e vá a luta!"
Ninguém acreditou
Naquilo que o moleque havia previsto,
Ninguém acreditou
Que um dia esse moleque seria visto,
Ninguém acreditou
Às vezes que o moleque disse isso
Mas ele acreditou
Sabia desde o inicio que era sinistro!
"sonhar de braços cruzados não dá!
Descruze os braços e vá a luta
Pra que sirva de exemplo a sua conduta,
Descruze os braços e vá a luta!"
E o fim dessa história
Daqui a pouco
Vai ser outro
Pois o moleque ainda tem um sonho muito louco!
Ele quer morar
Ele vai morar
Ele quer morar
Morar na veira souto.