Em meio a tantos números calculados com intenções
Um quadro recém-pintado, sem previsões
Um Belo Horizonte sonho de manhã
O que esperar
Um drinque congelado, um copo de papel
Estranhos conhecidos dividindo o quarto do hotel
Programação do rádio, notícias da estação
O que esperar, o que fazer
Apenas palavras soltas ao vento
Nas frases sem verbos
Nas letras vazias
A complexidade das metamorfoses
Ausência de cores
Um dia ordinário brincando com os cães
Pensando no passado, lembrando ilusões
Impróprias concordâncias, as capas dos jornais
Quando chegar, cadê você?
Apenas palavras soltas ao vento
Nas frases sem verbos
Nas letras vazias
A complexidade das metamorfoses
Ausência de cores
Indefinidamente, corpos se tocam sem emoção
Oh não
Fotos esquecidas, fica difícil reconhecer
O que restou?
Eu e você
Apenas palavras soltas ao vento
Nas frases sem verbos
Nas letras vazias
A complexidade das metamorfoses
Ausência de cores