Os manos que pilham, mó palha
Pipoca é doce, o açúcar me mata
Por uns trocados que Judas deu falha
Quem foi que trouxe esse mano aqui?
(repete)
Ah, se o certo é tão chato
Continuo intacto
Substâncias amenizam o que eu tenho enxergado
Ninguém é dono do legado
Nem Deus ou o Diabo
Ontem eu escrevi seu nome na boca do sapo
Mais um gole, um trago, assim me desfaço
Não esqueço onde vou
E nem quem sou de fato
Liguei pro Dig, ele falou, "dei um bangué notado"
Na sincera ele falou, sem assinar contrato
Aciona os contatos
Abismo no prato
Acordei disposto na casa dos ratos
Sinto muito meu caro
Só faço aquilo que quero
Enquanto busco o veneno
Fico esperando sentado
Citando os pecados
Contando os pedaços
O que te alucina me mantem inspirado
Trombei o Nietzsche na equina comendo falafel
Ele me disse "esquiva e faça algo notável"
Os manos que pilham, mó palha
Pipoca é doce, o açúcar me mata
Por uns trocados que Judas deu falha
Quem foi que trouxe esse mano aqui?
(repete
Só quero um cantinho pra ficar tranquilo
De frente pro mar, junto com meu filho
Deixa os vacilão longe dos vacilos
A vida vai dar o que tiver que dê
(repete)