No campo magro de fim de inverno
A última manta de geada
E a madrugada despertando cores
Adormecidas pela invernada
Ao longe se desenha a linha
Que define estas coxilhas
E brilha no olhar do campeiro
O largo brotar do dia
Um zaino se confunde
No rubro da madrugada
Um serrano de alma larga
Bota os braços na lida
No fogo de chão esquecida
Ferve a água que sobrou do mate
Que está mais vazia a casa
E a chaleira chora nas brasas
Os mates de quem partiu