Esta marca no meu rosto
é um souvenir de mau gosto
que eu trouxe de Sampa
Foi feita a navalha cega
por uma outra fulana
travestida de santa
Mas não se espante com ela
mastique devagar o medo
Ele se esfacela
Mas não se assuste comigo
Às vezes quando é preciso
eu sei brincar de amigo.
Não posso te dar um filho
quero te dar uma noite
um afago, um abrigo
O amargo sabor da fruta
que representa o perigo
você nega, eu brigo.
Mas não se afaste sem graça
Pois ninguém basta a si mesmo
e a vida logo passa
Mas não deteste o que eu digo
Palavras a gente esquece
e continua vivo.