Ouviram do Ipiranga, um grito de horror
Que vai na ponte aérea do televisor
São Paulo, Rio, Brasília, até Salvador
Podes da pátria tiros como ditador
Índio quer pipoca não
Índio quer pôr pica
Deitado eternamente em berço de humor
Pagamos com miséria ao nosso credor
Também os 10 % do negociador
Dos filhos deste solo, és inquisidor
Índio quer pipoca não
Índio quer pôr pica
E o sol da liberdade, seja como for
Procura na potência do amplificador
Ou através das luzes de um refletor
Paz no futuro e a gloria do espectador.
Índio quer pipoca não
Índio quer pôr pica.