Na mangueira da fazenda do lajeado
Conheci o boi malhado, descaído como quê
Tempo de moço quando eu era candeeiro
Boi malhado era ligeiro, eu trabalhei com você.
Boi de carro hoje velho e rejeitado
Seu cangote calejado da canga que te prendeu
Boi de carro ainda eu sou teu companheiro
Eu estou velho sem dinheiro teu destino é igual ao meu.
Boi de carro sem valia foi quebrado
De puxar carga pesada costume que os patrões faz
Eu trabalhei trinta anos e estou cansado
Do lugar fui despachado diz que já não presto mais.