A minha aldeia é um berço de bambas
Um doce refúgio pra quem quer sambar
Eterna paixão é verde e rosa!
Sou cacique! Sou mangueira!
Vou festejar!
Velas conduzidas pelos ventos
Navega meu destino pelas ondas desse mar
Marcas da saudade em meu peito
Cheguei a um mundo novo
Sob a bênção de iemanjá
Sonhando eu vi
Bravo guerreiro à sombra da tamarineira
Falamos de fé,
Das nossas crenças e orações
Do ventre das matas,
Com ervas eu vou me banhar
No corpo e na alma senti o poder de curar
Tambores ecoam no terreiro
Desperta a magia no ar
Mistura de um povo de sangue afro-brasileiro
Raízes da cultura popular
Nas ruas ranchos, blocos e cordões
Um toque de improviso embalava multidões
A voz dos excluídos contra a força da opressão
E a elite se esbaldava no salão
Rezei, cantei,
Na resistência mascarada relutei
Louvores a ciata,
A herança preservar (pequena africa!)
O tempo passou, o samba firmou
Vem o bafo da onça, olha a empolgação
Com a tribo de ramos consagrada madrinha
Quintal de poetas
Tocando fundo o meu coração
Composição: Edu Silva, André Coelho, José Luiz, Carlinhos Danoninho, Cesar e Marcos Júnior