O vaso sou eu com posso dizer ao oleiro
O que queres de mim?
O que o senhor pode ou não fazer
A casa sou eu, como posso
Arrumar os móveis da maneira que quero?
Se o dono da casa é o senhor
Eu me entrego e desfaço todo
O enfeite que esconde a rachadura que existe em mim
Se precisar pode quebrar e fazer de novo, eis-me aqui!
Entra nesta casa a porta está aberta
E lança par fora o que não presta
A casa sou eu, o vaso sou eu
Fui feito pra tua glória senhor!
Faz de mim um vaso que contém teus mistérios
Que se derrama e causa milagres
A casa edificada no monte, iluminada, adornada, vista de longe
Um vaso que contém tua glória marcado por uma trajetória
A casa edificada na rocha, se o vento vier
As ondas vierem permanecerá firme