Rosa negra
Rosa negra pode até te sangrar
Ou quem sabe nunca vai te ferir
O veneno não está na cor
Mas nos olhos de quem ver o que quer
Esse algoz
É o juiz
De olhos vendados...
O gosto picante
Em outra boca
O deleite no
Fracaço alheio
A humanidade desolada
Apertos de mão
Só de fachada
Rosa negra pode até te sangrar
Ou quem sabe nunca vai te ferir
O veneno não está na cor
Mas nos olhos de quem ver o que quer
É bem mais fácil dividir
Um atomo do que um preconceito
"eu estava n onibus com meu ex
Marido que é branco, eu a única
Mulher negra fui a única a ser revistada"
"sempre que eu atravesso a rua com sinal fechado
Ouço o som das portas dos carros se trancando"
Rosa negra pode até te sangrar
Ou quem sabe nunca vai te ferir
O veneno não está na cor
Mas nos olhos de quem ver o que quer
Esse algoz
É o juiz
De olhos vendados...
"eu sou negro, eu sou negro sim,
Mas por acaso negro nçao tem olhos boca?
Em? negro não tem mão, não tem pau,
Não tem sentido boca, em?
Não come da mesma comida?
Não sofre das mesmas doenças boca, em?
Não precisa dos mesmos remedios?
Quando a gente sua, não sua o corpo
Tal qual um branco boca? em?
Quando vocês dão porrada na gente
a gente num sangra igual mermão? em?
Quando vocês fazem graça a gente não ri?
Quando vocês dão um tiro nagente porra?
a gente não morre também?
Pois se a gente é igual em tudo
Também nisso vamos ser caralho!"
Letra: edy petaccia