Não sou mais o mesmo, morto por inteiro
Com marcas de sangue no meu travesseiro
Escombros, tensão e aversão me levam pelas mãos
Insano anjo, o pólen que habita a bela flor carnívora
Sem perceber na noite, o delírio beija e não é ficção
Dor ensaia, pólen faz enlouquecer e amanhecer
Besta de mil nomes de mim se alimenta
A canção dos lobos me traz desespero
Eu sangro, numa histeria eufórica
Que o golpe me causou
E só o que resta é sorrir (decadência)
À beira de um precipício
Sem perceber na noite, o delírio beija e não é ficção
Dor ensaia, pólen faz enlouquecer e amanhecer
Sei que não vou ter a paz além.
Sempre vou ser, há o mal além.
Sei que vai ser, há o mal além.
Vem do pólen, nunca mais.
O fato que é o viver na corda bamba
Pendendo sempre entre o sangue e a glória.
Sem perceber na noite, o delírio beija e não é ficção
Dor ensaia, pólen faz enlouquecer e amanhecer
Há o mal além...