Tanto tempo se passou e eu não acredito
Os anos vão passando ao dia num portão pequenino
Dez mil se vão e vinte mil se vêm
O mundo está distante das pragas finais que escrevem
Esteja preparado negro para qualquer mágoa
Futuro incerto no azul só trás malamba
Vida ridícula que já me dói as mandíbulas
Mas prefiro rir pior e num belo dia
Do que chorar e beber ainda morreria
Roubar e destruir tantas moradias
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para descobrires irmão
Saia de casa agora e vai à pedonal
Vê crianças e mais velhos atrás do pão
Cansei de implicar-me a esses filhos da urna
De votos contundentes filhos da burla
Morrereis futuramente como um Zé ninguém
Morrereis futuramente como um cão irmão
Maltratas o pirralho que só quer um pão
A morte vos trará pobreza eterna papão
Só de falar de vocês muitas vidas se vão
Crianças e mais velhos e desde então
Não liguem essas bichas
Vivem as vossas vidas eu vivo a minha poesia
Sorriam todos os dias cansem as mandíbulas
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para descobrires irmão
Saia de casa agora e vai à pedonal
Vê crianças e mais velhos atrás do pão
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para descobrires irmão
Saia de casa agora e vai à pedonal
Vê crianças e mais velhos atrás do pão
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para descobrires irmão
Saia de casa agora e vai à pedonal
Vê crianças e mais velhos atrás do pão
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para descobrires irmão
Saia de casa agora e vai à pedonal
Vê crianças e mais velhos atrás do pão
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém
Ainda há tempo suficiente para descobrires irmão
Saia de casa agora e vai à pedonal
Vê crianças e mais velhos atrás do pão
Ainda há tempo suficiente para um Zé ninguém