TSUNAMI
Muito se fala da luz
Quando bate a escuridão
Todos querem fazer jus
A qualquer tipo de perdão
Com o machado vende-se o fruto
Com a serra nada se planta
A terra está no estatuto
Mas a ambição nos espanta
É o arado que pouco ara
Sai guaraná, vem coca-cola
Vai pra longe nossa arara
Sai da mata pra gaiola
Há quem culpe a natureza
Pelo o que acontece de ruim
Mas é a cega busca pela riqueza
A troca pelo asfalto, do capim
Que finda nossos sonhos
Aqui e acolá tem tragédia
Pais e filhos tão tristonhos
Vida, drama que podia ser comédia!