Eu dobrei joelhos, cerrei cílios, chorei, lembrei do filho de Nazaré, rezei
Como quem move montanha, é, Alá, Maomé, minha fé na procissão
Um na multidão com as tia, jão, bíblia, alcorão, guia, mão
Homem fraco inseguro? Arrepia no louvor e no de pecador do coração puro
Descalço vendo, lágrima, tenso por dentro calma, e a esperança então vêm
vim pedir seu perdão, terços ñ tem contas pra cada erro meu
se serve de argumento meu berço foi como o seu
E o mais sincero ou sereno, padre Cícero, com olhar me fez um mísero réu
meu lugar, meu papel em uma prece, o santo trouxe o acalanto que o bando merece
um conforta outro, tanto aquece o pranto encerra, serra a paz como lista, mulher e filha
e a cada irmão, louco e são pro caderno de oração um? Pela trilha quente, horas na vigília
a gente joga a dor no mar pra Iemanjá levar, sim, crê na fitinha do senhor do Bonfim, que sem tecnologia alcanço cada com fim, bom sim
Com a barba feita, camisa passada, passo na direita, luz na caminhada
Meu pai, meu pastor, meu Rei, meu senhor, único que o sistema não pode por em número
admiro a devoção, a fé, a mão que aperta a cruz no peito e chora ao toca os pé de Jesus do olho brilhante, mesmo sendo tinta e cerâmica, sinta que dá aos sinos sonoridade orgânica
Eu também levantei o braço de coração, vai vendo, me senti sujo, me senti menos mundano, mano, a mercê da apodridão já era e quem dera conter o poder do perdão, nem onde fazer o bem é exceção heim, casos onde quem define a índole é a situação
e ainda que eu ande no vale da sombra da morte, quando o martelo bate, quando falha a sorte, quando seca o pote, quando some o norte, cê não tá ligado, não, vai tá quando vê que tá tudo errado
e cada homem é um templo alheio ao nome e ao tempo, sem posses materiais a mercê do que o vento traz
palavras cruas relatam, isso é mais do que o motivo pelo qual os árabes se matam
de cabeça baixa, olhar fixo rente ao crucifixo, fixo servo do Senhor, guia-me pastor honesto, pois não vejo Deus nas igreja mas em compensação eu vejo em todo resto