Ainda é pouco pra dizer quantas vezes me esquivei
Da maldade que afeta os jovens nos dias de hoje
Me esforcei e aprendi sozinho
A não fazer os mesmos erros que você fez
Nas noites de domingo não vejo mais você
E não aperto mais sua mão
Sua ignorância é para todo sempre
Amém irmão
Meu bem, não se dê ao luxo
De pensar que o meu mundo não vale a pena
Tudo que eu sonho
Um dia pode tornar a ser, e foda-se
Colecione suas notas de 100
Sobreviva no meio das onças
Acendendo os explosivos que nas músicas contém
O machado já está posto nas raízes das árvores
E os ceifeiros com a foice nos frutos
O que vem me derrubar
Eu enfrento e luto agora, pelo meu próprio futuro
É lamentável os manos e minas
Com corações escuros
Morrendo estão as almas perdidas no mundo
E as falhas que vejo de, bandidos polícias
Deixando as famílias de luto
Fui excluído do time e dispensado do exército
Vai cag** nunca quis ser recruta
Prefiro as poesias de rua
E compor ouvindo os barulhos da chuva
O que, que eu disse?
É preciso correr e não ficar parado
Não precisa me dizer, o por quê não
Escutei você
E nem quis me inscrever
Para o concurso da saneago
Então dá licença, que eu chego chegando
Se não sair da frente vou chegar
Desmoronando, eminente tá pesado
Se liga nesse moleque, fazendo sempre pelo amor
Nem tudo pelo cash
Admiro os poucos parceiros que cola comigo
E mesmo sem dinheiro nessa po*** não dá vacilo
Correndo sempre pelo certo
Não fecho com quem dá milho
Dou ouvido somente a jesus cristo
E a quem eu conheço
Não vem me desmerecer
Amigo de verdade não tem preço
Agora eu fui crescendo
Se liga no menino, que tava no veneno
E agora está sorrindo
Muito trampo cabuloso pra chegar até aqui
No que vocês tão ouvindo
Caneta e meu caderno na mão
Pode crer que eu fiz sozinho
Sai que sai seu vacilão
Vou combater a injustiça
Com o mic ' na mão
Talvez eu seja um peregrino
Fugindo da cidade da destruição
Ou vendendo brigadeiros na feira da vaidade
Trabalhando debaixo da chuva
Correndo desesperado atrás da verdade
Preso dentro do corpo
Mesmo do lado de fora
Não preciso provar nada pra ninguém
E muito menos pra vocês que me fecharam a porta
Não são histórias, muito menos mentiras
Como em capas de revistas
Ou coelhos saindo de dentro de cartolas
São cartas eternas
Para mentes que não perderam a vida
E não se esqueceram
De que tem guardado na memória
A oportunidade de comer
Do fruto da árvore da vida!