Esse corpo seco
Esses olhos secos
Essa boca seca
Esse copo seco
É minha vontade
De beber o mundo
Se esse chão é seco
A cidade é seca
E essas almas secas
Que perambulam nela sem rumo
É o meu desejo
De andar nos becos
Eu não tenho medo
Desses olhares que me espreitam
Olhares são adagas
Fincadas no espelho
E o espelho são os olhos revoltados
Dos meninos da rua da consolação
Não me consola
O que vejo na Tv
E o que tu ver
E o que ti ver
E o que tu ver
E o que ti ver
É o meu desejo
De andar nos becos
Eu não tenho medo
Desses olhares que me espreitam
Olhares são adagas
Fincadas no espelho
E o espelho são os olhos revoltados
Dos meninos da rua da consolação
Não me consola o que vejo na tv
E o que tu ver
E o que ti ver
E o que tu ver
E o que ti ver
É minha vontade
De beber o mundo
“O terreiro lá de casa
Não se varre com vassouras
Varre com pontas de faca
E balas de metralhadora.”