Quando eu for cantar
Estrondo no ar
Onda brava de rio
Flecha inflamada
Minha imagem se traduz
Luz sobre as águas
Berro do peixe
Festa na mata
Vou te coroar no desejo da minha língua
Sou tua armadilha
A cobra sem véu uma onça vermelha
Em tua própria mão devorando o teu coração
Não será tua a arte
De abandonar uma mulher
que a floresta um dia revelou
Nem vais rasgar a tela da minha pele
De ávido ardor
Não será tua a arte
De abandonar uma mulher
que a floresta um dia revelou
Nem vais rasgar a tela da minha pele
De ave do amor
Eu voo sob o céu da minha casa
Onde dorme minha mãe
Só me salvo se cantar
Chove agora
Somos lágrimas de toda hora
Chove
Agora
Somos lágrimas de toda hora
Chove, chove agora
Somos lágrimas de toda hora
Chove, chove agora
Somos lágrimas de toda hora
Chove
Agora
Lágrima
Somos lágrimas de toda hora
Chove
Agora