Falt
Não sei o que me aguarda mantenho a guarda fechada
Guiado pelo anjo da guarda
e das pessoas não aguardo nada
Na ponta faca já deixei minha marca não saí de maca
Foi os tapa na cara que a mente ficou calejada!
Raras peças desse quebra-cabeça que encontrei
Não foram as certas, mas foram as que precisei
Pra saber o que sei, pra trilhar o que trilhei
Se caí, levantei, se perdi, me achei, tomei porrada!
E ainda bato de menos, a vida não é mole
Quando te da um barco falta o remo
E pelo que temo, atraio mais do que pelo que almejo
Pensamentos são fortes é tudo questão de desejo!
E o segredo, poucos sabem, mas todos agem
Na realidade é transmitindo que se atrai a positividade!
E na verdade, os baques me ensinam demais
A vida inteira foi assim e vai ser até meu jaz
Não porque eu quis, mas pelo destino
Tá tudo escrito e se for diferente vai ser merecido
No presente tô vivendo e o que vier pra mim é lucro
Vagabundo de coração ferido no escuro
Com tudo desconfiado, paranoico e brisado
Deixando profetizado o que me foi designado
Quando fico calado, penso em algo inimaginável
O futuro só vem por méritos do passado!
Madyone
E eles querem, agora querem se envolver, na melhor
Na pior não pude contar com você, curió, saca só!
Devolvi na mesma moeda, agora é dó, deu ruim
Não vou tá lá pra te levantar na queda
Quebra esses teto de vidro, é treta!
Não quis plantar a semente, mas quer dividir a colheita
Que é nós por nós, tenho certeza, rima na pureza
Então não vem com blefe, meu jogo é carta na mesa
Cês quer manipulação, aqui é rap sem receita
Rolê de tarja black, meu clan é só faixa preta!
Outra dimensão na sessão fabricando uma nova visão
Para que nessa aconteça!
E pro sistema treta, eu não vim pra ser a presa
Então sai que eu tô com pressa
Tô na função da construção do que interessa!
Tô na função da construção do que interessa!
Maori e Bigu
Uma neblina densa sobre meu semblante fundo
Cuidado com o que vê, não é o que cê pensa
Mudei minha visão de mundo
Sociedade que impõe algo que eu não vivo
Tô muito além disso tudo
Obrigado pai e mãe, hoje eu tô bem
Me fez o rap que eu estudo
Fil
"Mais um vagabundo de coração ferido no escuro"!
E a paranoia que abafa a glória de um grito mudo
De uma voz de quem perdeu o direito
Por se entregar aos desejos e negros anseios
Devaneios que despertam seu intuito
Na madrugada, só mais um vagante em meio às streets
A atividade é dobrada ao ver estranhos lhe dando palpites
Sobre a sua caminhada
Analisarem à fundo
cada passo errado a ponto de expor seus limites
E as suas fraquezas!
Se a minha ambição me engole é só fraqueza
a caça e preza, e toda incerteza
Vivendo o presente
Com o pé atrás com o que eu desejo
então me diga você: o que é que tu desejas?
E os que estão de dentro
Aprendendo a associar o momento, fortes!
Blindados são os meus fiéis, nobres!
Que provaram do licor da vida
e se viram cegos por holofotes!
Pregos trazem malotes!
E eu não sossego até que o marlboro corte
Por pura sorte
Por um bater de asas
vejo um sonho corrompido ao norte
E quantos vestiram as máscaras para obter suporte?
A minha gangue ainda é a mesma
Bigu
Trancado em outra dimensão, onde corpos não habitam
A essência predomina e clareia minha visão
Quantos são caminhando a contramão
sobrecarregados de ilusão?
Só esperam a salvação
Onde ninguém é o que se passa ser
Não é só crer
Só enxergam o que querem ver
Eu falo grego ou sua mãe que não me entende?
Precocemente o mundo vai ficando mais doente
Vários demente!
O que é cultura pra você?
O hip hop já deixou de ser lazer
quando assumi o compromisso
E o que é cultura pra você?
Sua filha mais nova rebolando a bunda
ou uma estante com seus velhos discos?
Sem ficção, é um filme sem roteiro onde me vi o diretor
Luz, câmera e ação, vai!
Fecho os olhos pra entender o que não me mostraram
Só percebi quando senti com o coração
Cai
Maori e Bigu
Uma neblina densa sobre meu semblante fundo
Cuidado com o que vê, não é o que cê pensa
Mudei minha visão de mundo
Sociedade que impõe algo que eu não vivo
Tô muito além disso tudo
Obrigado pai e mãe, hoje eu tô bem
Me fez o rap que eu estudo
Clei
Fiz da mente um escudo pra tiros do obscuro
Saí de cima do muro
Deixei de mão os fantasmas do surto
Me virando em apuros vi a pureza escorrer pelo ralo
Versos, desabafos, olhares não revelam o passado
É o esboço encontrado em apenas um papel molhado!