O alarme toca avisa o horário
A mente choca mas é necessário
Levanta implorando o contrário
Pega a coca e a broca no armário
Se troca, culpa o calendário
Pede pra Deus poe o escapulário
"Cê" mesmo é seu confessionário
Sua perdição e o seu santuário
No imaginário sonho de todo operário
Empresário visionário num cenário milionário
Mas funcionário só ganha um salário
O alarme já tocou num se faz de otário
Tv pra que se decorou o noticiário
Um ordinário tão culpado num processo tão lendário
O mundo segue hilário sanguinário
Sedentário segue vários solitários
Até que ponto conto em ser solidário
Se o conto do vigário é ponto adversário
Os conceitos foram pelo sanitário, sem jeito
Seu preconceito fede até no boticário
E aqui faz necessario procedencia pra viver
Experiencia em se envolver na sequencia do rolê
Consequencia cê vai ter se a prepotencia te escolher
Pra ser só mais um na vivencia sem essencia, corromper
E como ver sem se comover, abismo
Como crer sem conhecer o ceticismo
Em busca da luz sei que a cruz é legitima
Por pouco torna vítima do proprio vitimismo
E o proprio egoismo machuca quem te amou
Lembro bem que amou quem também machucou
Acostuma com a dor e esse sabor de cinismo
Sem deixar que o idealismo toque a noção de valor
Deixa a fé guiar
Isso sozinho aprendi
E o caminho que segui
Só serviu pra fortificar
Fugi do realismo faz o coração partir
Coração de rubi sem emoção como zumbi
A escuridão táí, minha mente a milhão
Igual Fugees pronto ou não, é hora de dormir